Vivemos numa sociedade que nos impulsiona a sermos realmente muito superficiais, sendo que evitamos tudo que possa ser mais "complicado", visto que o facto de pensarmos em assuntos mais profundos choca-nos, e não é por lapso que Nietzsche disse que "quem olhar com profundidade para o mundo adivinhará facilmente quanta sabedoria se encontra no facto de os homens serem superficiais... Que ninguém duvide que quem tem tal necessidade do culto da superfície já fez, uma ou outra vez, a tentativa de ir ao 'fundo.'"
Parece-me correcto e acertado dizer que o homem actual é mais do que em qualquer altura um homem sem escrúpulos, mesmo o mais santo dos homens... e perdoem-me se a alguém ofendo, mas, devo concordar com F. Nietzsche em relação a este tema, esta superficialidade é-nos justificada por Nietzsche como sendo "o temor profundo e desconfiado de cair num pessimismo sem saída que constrange os milénios a aferrarem-se a uma interpretação religiosa da existência; o temor próprio daquele instinto que pressente que o homem se poderia apossar da verdade demasiado 'cedo', antes de se ter tornado suficientemente forte, suficientemente duro, suficientemente artista..."
Ou seja no fundo temos medo das verdades, pelo facto de não estarmos preparados para suporta-la...
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Actualmente vivemos num mundo de aparências e mentiras, onde dizer e ouvir a verdade, está atornar-se algo de outro mundo.
Na altura em estreiou o programa "Momento de verdade" na Sic, achei muita piada ao comentário do Ricardo Pereira, dos Gatos Fedorentos, sobre o programa: "A verdade é algo tão boa tão boa que devemos guardá-la para nós".
Realmente uma frase interessante, guarda-la para nós, hehehe, mesmo porque como alguém disse, "já não amamos o nosso conhecimento quando o comunicamos."...
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